O buddhismo tântrico ou Vajrayāna é a tradição buddhista predominante no Tibet, Nepal, Butão, Mongólia e norte da Índia. Suas práticas enfatizam o uso de visualização, recitação e meditação.O buddhismo tibetano possuiu quatro escolas — Nyingma, Kagyü, Sakya e Gelug. O Vajrayāna também foi influente na China e no Japão através de duas escolas, a Mi-tsung/Shingon e a T'ien-t'ai/Tendai.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Mitologia tibetana






FORMAÇÃO DO BUDISMO TIBETANO



A RELIGIÃO BON
A religião Bon é uma seita de xamanismo anímico, um culto panteísta cuja crença é de que todos os sêres vivos possuem alma. Ela prevalecia no Tibet antes da introdução do Budismo no séc. VII. Depois disto o Budismo Tibetano absorveu algumas crenças e rituais do Bonismo, cmo a dependencia no oráculo, astrologia e panteísmo. Por exemplo, as seleções dos Tulkus (reencarnações) começava com um oráclo, astrologia, observações de visões em lagos sagrados, e algumas vezes os serviços de um oráculo-monje eram requisitados. Por outro lado o Bonismo foi modificado para o modelo Budista para se tornar um ramo do Budismo Tibetano, a seita preta.

Estágios do Bonismo

O Bonismo Original

De acordo com a lenda o Bonismo foi criado por Tenpa Sherab, um contemporâneo de Buda, em um país místico conhecido por 'Tag-gzig', em algum lugar em Ali (Alto Shangshung).

O Bonismo acreditava que no início da criação haviam dois ovos, um branco e outro preto. Os dois ovos quebraram - e do ovo branco sairam os deuses, humanos, etc, e do preto saíram os parasitas, os demônios, etc.

O Bonismo Yungdrung

De acordo com a maioria dos Tibetólogos, o emblema Yungdrung (a suástica nazista que é um emblema Budista) foi introduzido no Tibet juntamente com o Budismo no séc. VII.O Bonism Yungdrung adotou este emblema como sua marca e sistematizou as doutrinas que incluíam o caminho para rezar por boa fortuna, medicina, vitória nas guerras, e como arrajar um ritual aprooriado para um funeral, e ainda métodos de mágica para discernir o verdadeiro do falso, e o culpado do inocente.

O Bonismo Jo

O 5º Rei do Tibet, Khri-srong-de-tsan, da dinastia Tubo difundiu o Budismo no Tibet e era o inimigo público do Bonismo. De acordo com alguns livros, isto foi o que causou o colápso da Dinastia Tubo.

Os Budistas Tibetanos, liderados por Padmasambhava, proclamou as Deidades Bonista como as deidades menores do Budismo, adotou as crenças e rituais Bonistas, e permitiu que se comesse carne.

O Desenvolvimento do Budismo no Tibet




Terraço do Mosteiro de Jokhang (ao fundo Palácio de Potala)
Livros sobre a história do Budismo Tibetano tem registrado a seguinte lenda de como o Budismo se espalhou por terras Tibetanas: Em um certo dia no século V, Lhathothori Nyantzan, regente do Reinado de Tubo, estava descansando no topo do Monte Yungbo Lhakang. De repente ele se deparou com vários Tesouros Budistas caidos do céu. Enquanto o Rei Tubo não tinha a menor idéia do que era aquilo, uma voz misteriosa lhe informou que o 6º Tsampo (Rei) do Reino de Tubo saberia como usar aqueles objetos.

De acordo com as tradições o Budismo chegou a Tibet por volta de 630 sob o reinado de Songtsan Gambo, o Rei Tubo do século VII, que se esforçou para estabelecer laços de amizade com os países vizinhos para fortalecer a economia e aprender culturas avançadas. Neste processo ele se casou com a Princesa Bhrikuti Devi do Nepal e a Princesa Wencheng da Dinastia Tang da China (618-907). Cada Princesa viajou para o Tibet com uma estátua de Buda, e uma vez lá se empenharam para construir os Mosteiros de Jokhang e Ramoge em Lhasa. Artesãos que acompanharam a Princesa se envolveram na construção dos mosteiros, e monges Budistas por sua vez começaram a traduzir as escrituras Budistas. Assim o Budismo se espalhou no Tibet a partir das regiões do Nepal e Han.

O Tibet se viu envolvido por uma luta de poder por mais de meio século resultando a morte de Songtsan Gambo. O Budismo falhou em florecer até que Tride Zhotsan, o bisneto de Songtsan Gambo, tomou o poder. Em 710, Tride Zhotsan pediu a mão e eventualmente se casou com a Princesa Jincheng da Dinastia Tang. A noiva mudou a estátua de Buda que a Princesa Wencheng havia trazido para o Tibet, para o Mosteiro de Jokhang. Enquanto isto, ela arranjou que monges que a acompanharam do Reino de Tubo que assumissem o mosteiro e as atividades religiosas. Ela se empenhou arduamente e finalmente conseguiu persuadir a corte de Tubo a aceitar os monges das regiões do Oeste e construiu vários mosteiros para acolhê-los. A situação se tornou instável com a resistência de seguidores da religião BON que fizeram de tudo (com assassinatos e retaliações) para obstruir a avanço do Budismo até o entronamento de Trisong Detsen, filho de Tride Zhotsan, em 775.

Trisong Detsan se apoiou no Budismo e como parte de seu esforço convidou Santarakshita e Padmasambhava, famosos monges da Índia e Kashmir, para pragar as Leis do Budismo iniciando-se a construção do Mosteiro de Samye em 799. Rasparam a cabeça de sete crianças nobres, e assim este mosteiro se tornou o primeiro mosteiro Tibetano a tosar os monges se tornando uma prática no sistema do Budismo Tibetano.

Trisong Detsen reuniu um número de eminentes mestres Budistas da China e Índia numa reunião importante conhecida com o Conselho de Lhasa e enviou missionários à China para convidar monges a lecionar no Tibet. Mahayana foi um deles e ficou 11 anos no Tibet lecionando sobre Budismo e completando nove Livros sobre o Budismo.

Os reis Tubo das Dinastias seguintes fizeram o máximo para promover o Budismo construindo mosteiros e financiando a tradução de Sutras Budistas. Ao mesmo tempo, eles garantiram aos monges uma receita real e até os encorajou a se envolverem nos assuntos políticos para desencorajar o ministros que apoiavam a religião BON, que em represália arranjaram o assassinato de Tritsong Detsen em 842. E seu irmão Lang Dharma, que reinou de 838 a 842, se tornou o novo Rei Tubo que adotou uma política de supressão do Budismo na região. Ruindo um vasto império e, por mais de 150 anos, revertendo-se barbarismo, desordem e ignorancia, sendo as atividades religiosas, culturais e literárias reduzidas a zero.

No iníco do Século X foi instaurada uma sociedade feudal no Tibet com cada um do ministros Tubo ocupando o território e assumindo o poder. Eles se empenharam em promover o Budismo para fortalecer os seus próprios reinados. E asim o Budismo foi reavivado no Tibet, entretanto o Budismo, na forma e conteúdo, diferia em mutio do Budismo Tubo. A velha luta entre o Budismo e a religião BON resultou que cada uma absorveu os pontos fortes da outra fazendo com que o Budismo emergisse e entrasse em um estágio de rápido desenvolvimento. Mas ainda graças aos esforços de um Rei Guge que se tornou um monge adotando o nome de Yeshe-Ö, "a Luz do Conhecimento", que temendo a dissonância com os ensinamentos ortodoxicos, enviou algumas pessoas para estudar na Índia. Entre elas estava Rinchen Zangpo (958-1055) que se tornou um famoso tradutor dos textos sagrados para o Tibetano e fundador de vários templos e mosteiros. Yeshe-Ö foi também o responsável pelo convite ao Tibet do grande Padita Indiano Atisha (982-1055) que depois de uma série de recusas finalmente chega ao Tibet em 1042, instruindo um grande número de discípulos até a sua morte doze anos depois.

Os ensinamentos de Atisha tinha o objetivo de trazer a seus discípulos uma combinação harmoniosa de disciplina monástica, prática de rituais e desenvolvimento intelectual. E seu melhor discípulo foi Gyalwai Chungne, mais conhecido como Drom Tonpa (1004-1064) fundador do Mosteiro de Reting ao norte de Lhasa.





Mosteiro de Samye




Atisha (982-1055)

AS SEITAS

Depois do século XI o Budismo floreceu com toda força. O Tibet tendo perdido a sua unidade política e força militar, se viu fragmentado em numerosos e pequenos territórios independentes, continuamente lutando entre si, favorecendo assim o crescimento da influência religiosa sobre a população. E foi durante este período que o Budismo Tibetano se diversificou em um número de seitas incluindo a Nyingma, Gatang, Sagya, Gagyu, Zhigyed, Gyoyul, Gyonang, Kodrag and Xalhu. As últimas cinco eram realmente muito fracas lhes faltando um suporte político. Elas foram forçadas a juntar forças ou acabaram sendo anexadas por outras seitas. As seguintes cinco seitas ganharam uma popularidade expressiva:

Nyingma
A Escola Nyingma , a mais antigas das quatro tradições Tibetanas, tem as suas raízes nos ensinamentos do Mestre do Século VIII AD, Padmasambhava, que viajou da Índia para o Tibet. Fundada no século XI é também conhecida como a Seita Vermelha sendo a mais antiga do Budismo Tibetano. Esta seita deu grande atenção para absorver alguns pontos da religião BON, e ao mesmo tempo, se empenhou para procura os sutras Budistas que o rei Dharma havia escondido com o objetivo de suprimir o Budismo. Baseda na prática do Budismo profundamente enraizado no Reinado Tubo do século VIII, a seita se denominou Nyingma que significa anciã ou antiga na lingua Tibetana. Os monges da Seita Nyingma usavam chapéus vermelhos daí sendo chamada de SEITA VERMELHA. Eles advogavam o estudo do Tantrismo.

Gatang
Fundada em 1056, se ocupava com o estudo de ensinamentos exotéricos, com enfase no Tatrismo. Na lingua Tibetana Ga se refere aos ensinamentos de Buda; e tang significa instrução. A combinação Gatang logo se refere em orientar o povo a aceitar o Budismo baseado nos ensinamentos de Buda Suas doutrinas foram promovidas amplamente e exerce uma grande influência em várias outras seitas do Budismo Tibetano.Entretanto com o surgimento da Seita Gelug no século XV, a seita Gatang dissolveu seus monges e mosteiros e se uniu à seita Gelug.

Sakya
Mosteiro Sakya
Sagya significa "terra branca"na lingua Tibetana. A Seita Sakya, fundada em 1703, derivou o seu nome do fato de seu mais famoso mosteiro, o Mosteiro Sakya, ser de cor branca acinzentada. Ao redor dos mosteiros Sakya são pintados com tiras nas cores vermelha, branca e preta, simbolizando respectivamente a Sabedoria de Buda, a Deusa da Compaixão e a mão Adamantina de Buda. Assim a Seita também é conhecida como a Seita das Tiras.


Kagyu
S. S. o 17º Gyalwa Karmapa, Ogyan Drodul Trinley Dorje.
A Escola Kagyu, outra das quatro maiores tradições Tibetanas foi fundada no Século XI AD pelo educador e tradutor Tibetano Marpa. Marpa viajou três vezes sobre os Himalaias para a Índia, onde ele passou duas décadas estudando as escolas do pensamento Indiano. A Escola Kagyu tem se desenvolvido através dos séculos principalmente da linhagem dos KARMAPAS, conhecida como a linhagem Karma Kagyu , que começou com o Karmapa Dusum Khyenpa (1110-1193) e é representado hoje por Sua Santidade o 17º Gyalwa Karmapa, Ogyan Drodul Trinley Dorje.
Fundada no século XI evidencia o estudo do Tantrismo e prega que os princípios Tantricos sejam passados oralmente de geração a geração. Gagyu na lingua Tibetana significa "passada oralmente" . Marba e Milha Riba, os fundadores da Seita Kagyu, usavam mantos brancos quando praticavam o Budismo, daí o nome de Seita Branca. No primordios a Seita Branca era dividida em Xangba Kagyu que se extinguiu no século XIV, e Tabo Kagyu. Esta última era poderosa e se tornou dominante.

Os ensinamentos das Escolas Nyingma e Kagyu são famosos pela riqueza de seus interêsses nos campos da filosofia da mente e a ciência da meditação, e são únicas em suas abordagens pragmática sem aplicar esses campos do conhecimento numa grande variedade de aspectos da vida cotidiana.

Os educadores Nyingma e Kagyu, como Longchenpa e Mipham na tradição Nyingma e cada um dos sucessivos Karmapas na tradição Kagyu, escreveram muitos trabalhos extraordinários. Estes trabalhos literários não só fazem parte da educação tradicional Tibetana como também são relevantes para os educadores contemporâneos de todo o mundo.

Gelug
Guru Rinpoche
Foi a mais famosa seita na história do Budismo Tibetano fundada em 1409 durante a reforma do Budismo iniciada por Tsongkhapa. O próprio Tsongkhapa nasceu numa época quando Pagmo Zhuba restabeleceu o Regime Sakya no poder. Naquela época, a classe superior dos monges se envolveu num luta por poder econômimico e políotico leando uma vida decadente e repidamente foram perdendo a popularidade. Tsongkhapa se esforço para que os Budistas seguissem novamente os princípios de Buda, e começou a fazer viagens dando palestras e escreveu muitos livros pedindo por uma reforma no Budismo. Por exemplo, no primeiro mes de 1409 do calendário Tibetano, Tsongkhapa iniciou a Cerimonia da Grande Convocação no Mosteiro de Jokhang em Lhasa. A cerimonia é praticada até hoje. Ocorreu também a construção do Mosteiro Gandain e a fundação da Seita Gelup que era famosa por sua adesão extrita aos mandamentos. A palavra Gelup significa na língua Tibetana, "mandamentos". Tsongkhapa e seus seguidores usavam um chapéu amarelo, daí o nome de Seita Amarela. Desde a sua fundação, a seita constriu os mosteiros de Zhaibung, Sera, Tashilhungpo, Tare, Labrang, que se juntaram ao mosteiro de Gandain Monastery para forma os seris maiores mosteiros da Seita Gelug. A Seita Amarela é também conhecida pela formação dos dois maiores sistema de reencarnação dos Budas Vivos - O Dalai e o Panchen

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